Best-seller de Josh Mallerman, “Bird Box” ganha vida nas mãos da Netflix.
Hey, pessoal!
Hoje farei uma análise sobre um dos mais recentes lançamentos da Netflix: “Bird Box”, baseado no livro homônimo de Josh Mallerman, publicado no Brasil pela editora Intrínseca (Caixa de Pássaros). Além disso, farei uma rápida resenha do livro e depois um comparativo entre ambos.
Sinopse do filme: Uma misteriosa presença leva as pessoas ao suicídio. Cinco anos depois, uma sobrevivente e seus dois filhos saem em busca de um abrigo seguro.
Análise do filme
O filme traz Malorie (Sandra Bullock) como protagonista. Ela e sua irmã Shannon (Sarah Paulson) vão à um hospital para uma consulta de rotina, já que Mal está grávida. Ao saírem, o caos se instala na rua: pessoas “surtam” ao se depararem com uma presença inexplicável e se suicidam em seguida. Malorie logo se vê em uma casa onde um grupo de pessoas não se deixaram afetar pela presença e todos terão que descobrir como viver neste mundo apocalíptico.
A trama é extremamente instigante. Passamos o longa inteiro tentando entender o que acontece e torcendo para que tudo saia bem para os personagens. A principal questão trazida pelo filme é: o que as pessoas veem de tão aterrorizante que às leva a ir de encontro com própria morte?
O filme não é linear. Em determinadas partes, acompanhamos Malorie e duas crianças descendo o rio em um barco para encontrarem refúgio; em outras, vemos o que acontece com o grupo que a resgatou e como ela chegou àquele ponto. Ou seja: passado e presente são mesclados a todo momento.
O suspense domina o tempo todo. Há alguns momentos que servem de bálsamo para toda a tensão e outros que só a aumentam. Sem contar que os personagens precisam estar sempre vendados, a fim de evitarem ver a “presença” e vivem em um ambiente fechado, com portas e janelas cobertas, para que não tenham o mesmo fim daqueles que ficaram do lado de fora.
Como um filme de suspense com classificação etária para 16 anos, achei um bom filme com uma boa trilha sonora, já que o foco dele está no fato de que os personagens nunca podem “ver”, apenas ouvir e sentir.
Além de Sandra Bullock e Sarah Paulson, o filme conta com Trevante Rhodes, Jacki Weaver, Lil Rel Howery, Danielle Macdonal e Tom Hollander no elenco principal. A direção é de Susanne Bier e a trilha sonora, Trent Reznor e Atticus Ross.
Sinopse do livro: Romance de estreia de Josh Malerman, Caixa de Pássaros é um thriller psicológico tenso e aterrorizante, que explora a essência do medo. Uma história que vai deixar o leitor completamente sem fôlego mesmo depois de terminar de ler.
Basta uma olhadela para desencadear um impulso violento e incontrolável que acabará em suicídio. Ninguém é imune e ninguém sabe o que provoca essa reação nas pessoas. Cinco anos depois do surto ter começado, restaram poucos sobreviventes, entre eles Malorie e dois filhos pequenos. Ela sonha em fugir para um local onde a família possa ficar em segurança, mas a viagem que tem pela frente é assustadora: uma decisão errada e eles morrerão.

Resenha do Livro
Creio que não preciso contar muita coisa sobre o livro, já que falei bastante na análise do filme e a sinopse do livro fala por si só.
A mescla “passado e presente” que está no filme veio diretamente do livro: Josh Mallerman nunca te entrega de bandeja o que está acontecendo agora, mas também nunca te conta tudo o que já aconteceu. Um capítulo no passado, outro no presente. É assim que o livro segura você (além de uma ótima história e personagens marcantes).
Eu, particularmente, gostei demais do livro. Tanto que o li em 3h.
Sim. Três horas.
Comparativo:
Mesmo com uma ótima trama em mãos, infelizmente, na minha opinião, o filme não faz jus a excelente obra que é o livro.
A leitura nos instiga muito mais que o filme, pelo fato de termos que nos colocar no lugar dos personagens e nos imaginar vendados. Claro que esta sensação jamais seria passada para a tela, mesmo que em alguns momentos há aquela “visão em primeira pessoa” de certas ações de Malorie.
O que mais decepciona é o fato de que no filme, eles colocam o evento apocalíptico como uma “presença”, sendo que, no livro é mais como uma “entidade invisível”, porém tangível.
Diversas cenas presentes no livro ou foram deixadas de lado ou foram totalmente alteradas no filme. A jornada de Malorie e suas crianças até o refúgio se desenvolve muito mais drástica e dramática no livro; o que se passa no filme é “mamão com açúcar” perto do que eles enfrentam no livro. Até mesmo a cena do parto de Mal é totalmente deturpada no filme. Acreditem: no livro ela é terrível, mas muito bem escrita e aterrorizante. Isso sem contar alguns personagens fracos no filme, porém fortes e determinados no livro; ou a ausência de alguns que tiveram total importância no livro.
O filme é bom? Como um suspense, sim.
O filme é uma boa adaptação literária? Definitivamente não. Fica a desejar e muito.