Episódio marcado por altos e baixos sai com saldo positivo e prepara terreno para futuro estendido da série.
O episódio 12 dessa ª temporada de The Walking Dead está longe de ser tão bom quanto o Episódio 10, mas está na média da temporada. Pontos positivos para a direção de arte, que conseguia causar o impacto e imersão adequados, e uma grande dose de imprevisibilidade.
O episódio que tinha cara de ser apenas mais uma barriga para a série, surpreendeu. Teve diálogos fortes e impactantes, muito positivos, desenvolvimento e crescimento de personagens tanto do lado dos sobreviventes do Rick, quanto dos Salvadores. Nada foi tão previsível, tudo acontecia de uma forma que deixava possibilidades, e cada uma era explorada de forma diferente, o roteiro foi criativo, e a maioria das atuações, bastante convincentes.
O núcleo de Hilltop teve uma participação muito importante para o futuro longínquo da série, mais especificamente, para a 9ª temporada. Só faltou a Carol para chamarmos este de o núcleo do empoderamento feminino, pois, Michonne, Anid, Tara e a líder da comunidade Margaret, nossa querida Meg, mostraram que o sexo frágil pode não ser tão frágil assim, e mesmo assim não perdem aquela “característica sobrenatural das mulheres”, a intuição.
Um novo e misterioso grupo foi apresentado neste episódio, e não foi como Oceanside, que até agora não se encontrou no enredo, o novo grupo parece que terá alguma importância nas próximas temporadas, isso, se não acontecer com elas o mesmo que o Morales…
As cenas de ação entre Rick e Negan não pareciam muito convincentes em seu começo, parecia algo mal marcado, que no início da perseguição até lembrava Velozes e furiosos. Mas, depois que você acrescenta alguns zumbis e um pouco de fogo aí não tem como o embate não melhorar, e a tensão foi muito boa.
Simon e Dwight tiveram seu espaço para brilhar também. Embora a atuação de Simon estivesse precisando de um pouco mais de direção para se tornar convincentes, ao final do episódio ele se redime e entrega um ótimo trabalho, deixando aquela vontade de “quero ver no que isso vai dar”.
E quem disse que é só Dragon Ball Super que consegue nos fazer achar que está acontecendo uma coisa, e nos surpreende com outra? A cena final desse episódio não poderia ter sido mais surpreendente. Provavelmente no episódio 13 não será trabalhado muito sobre esta cena, já que pela promo, vimos um foco grande em Hilltop.
Enfim, não foi um episódio que deu sono, e, com certeza, não foram 40 minutos perdidos. Tiveram alguns deslizes na trilha sonora, atuações e algumas falhas nas cenas de ação, mas, a série parece ter voltado a acertar a mão e vai se recuperando. Ah, quase me esqueci de comentar, quando achamos que Negan é cruel, é porque não ainda não tínhamos visto o tamanho da crueldade de Rick com um esqueiro na mão…