Doutor Estranho (CRÍTICA SEM SPOILER)

Um super-herói desconhecido do grande público surpreende com a soma de inteligência e super-poderes.

Um renomado e excêntrico médico cirurgião sofre um acidente e tem as mãos danificadas, ficando impossibilitado de voltar a operar. Desesperado e deprimido, ele parte em busca de todas as alternativas para tentar retomar sua vida, até que vai parar em um templo aonde é apresentado a artes místicas e descobre um poder capaz de interferir no espaço/tempo.

Fala sério, quem aí já conhecia o Doutor Estranho? Eu nunca ouvi falar, até estranhei a primeira vez, e confesso que as piadinhas que o filme fez com o nome dele foram meio que piadinhas de tiozão do pavê, mas eu gostei, não só gostei como dei boas risadas. Um herói totalmente desconhecido para mim, quando ouvi a primeira vez até confundi com o vilão Destino, e então, assistindo ao filme me diverti e gostei do herói.

A dinâmica na alternância entre as duas dimensões, a normal e a espelhada é uma delícia, os efeitos especiais são ótimos e causam uma sensação vertiginosa em alguns momentos. A gravidade no filme é bem trabalhada, embora tenha algumas falhas sutis, mas é a transição de efeitos visuais e práticos. O visual urbano do filme tem uma fotografia acinzentada, sem graça, nada de mais, porém dentro dos templos, chamados de Sanctum já tem uma coloração mais viva e ao final, a partir do momento em que vemos o Santum de Hong Kong, aí temos muitas cores e um visual muito bacana.

A trilha sonora é boa e os efeitos acompanham bem o que vemos na tela, nos deixando um pouco mais imersos na experiência. Benedict Cumberbatch parece ter sido a melhor escolha sem dúvidas para encarnar o protagonista, e maioria do elenco cumpre majestosamente seu papel, dando vida própria ao universo ali criado. A forma como o filme se revela pertencente ao Universo Cinematográfico da Marvel não chega a ser surpreendente, e como ocorre de modo tão natural e espontâneo, que alguns podem não compreender o real tamanho do poder do Doutor Estranho.