Série inspirada em game tem segundo episódio e parece mostrar a o que veio.
Eu já vou começar tirando o elefante da sala: Sim, eu sou gamer. Não, eu nunca joguei nenhum The Last of Us. É preciso lembrar que sou gamer, brasileiro e pobre, então meu console de mesa mais recente é um Playstation 2. Mas, eu já ouvi falar muito e sei até das premiações de The Las of Us no The Game Awards e outras premiações. Dito isso, agora sim vou dar minha opinião sobre a série, não como uma adaptação de game para série, mas como uma série de TV, assim como a maioria das pessoas que assinam HBO MAX o farão.
O primeiro episódio com mais de uma hora de duração deu uma assustada, mas confesso que não achei ele tão empolgante. Pareceu corrido, as informações nos foram jogadas e assim como a maioria das séries pós-apocalípticas, o início do problema é subentendido, mas o indivíduo zero não nos foi apresentado. Eu acho isso chato, mas sei que é feito para manter as pessoas presas à série, numa esperança de descobrir como que tudo começou (e geralmente não é mostrado o momento exato, mas um ponto onde a histeria teve início).
Foram três saltos temporais no primeiro episódio e o roteiro foi fraco, pouco convincente e previsível na parte principal, que se passavam no início da crise. A parte final, que mostra o universo atual onde a trama principal da série se passa foi muito bom. A construção de personagens não me agradou, justamente pelo ritmo mais acelerado. A primeira impressão que tive é que a série seria focada no suspense, e de fato, o segundo episódio veio para confirmar isso, o que foi muito bom.
https://youtu.be/fZoigAAj1-M
O fim do primeiro episódio trouxe com uma boa dose de suspense e o que mais agradou foram as atuações e a fotografia da série, que são, ambas, ótimas. O segundo episódio, pra mim, deixou claro que a série, mais do que terror ou ação, trata-se de uma série de suspense, e consegue criar atmosfera muito boa e envolvente, que nos deixa em estado de alerta o tempo todo. O início do episódio pareceu um pouco lento, contrastando muito com a correria do primeiro, e o segundo episódio teve menos de uma hora de duração, mas foi bom, mas tão bom que pareceu ter menos de meia-hora.
Que episódio bom este segundo, a fotografia e direção de arte sendo utilizadas, claramente, como parte da narrativa, se alguém ainda não sabe do que se trata a “fotografia” ou “direção de arte” em um filme ou série, basta se lembrar daquela cena dos infectados no chão, quando o sol, entre nuvens, passa sobre eles. Aquilo ali foi um primor de narrativa explorando recursos técnicos. Além disso, visualmente, temos uma série onde pudemos enxergar o que se passava, muito diferente de Game of Thrones, e seu derivado, A Casa do Dragão, que em sua megalomania, às vezes acaba se enroscando em um detalhe, tipo, o orçamento, e frustra a nós, espectadores, que somos obrigado a engolir o mais puro breu, e aceitar justificativas como “ain é que nós queríamos mostrar que as trevas isso… que as dificuldades do momento aquilo… que foi tudo pensado para o momento”… Ah, nos polpe HBO, já não basta Godzill x Kong que os colossos tinham suas nuvens de tempestade particular, que os seguiam pelo mundo todo, só para garantir que anoitecesse, praticamente, a cada luta que eles tinham? É chato, mas mesmo assim, amamos o seu conteúdo, porém, se puderem seguir mais os exemplos de The Last Of Us daqui pra frente, amaremos ainda mais <3
Enfim, o segundo episódio nos trouxe um desenvolvimento de personagens a um bom ritmo. Nos deu alguns easter egg dos games (eu nunca joguei, mas já ouvi falar), e com seus flashbacks do passado sendo utilizados para ajudar na narrativa do tempo presente da série nos ajuda a mergulhar mais neste universo.
Minhas considerações finais como alguém que não jogou ainda, é que a série me fisgou no segundo episódio, mas o primeiro, embora longo, foi muito corrido e não me agradou. Eu acho que a série chances de se tornar um sucesso entre o público não gamer, para isso, basta o roteiro manter a qualidade do segundo episódio, com algumas melhoras pontuais, a direção de arte e a fotografia, como a maioria das séries da HBO são, no boas, resta ver o ritmo de desenvolvimento da história. Eu gostei e mal posso esperar para assistir o próximo episódio domingo. E vocês, o quê estão achando das séries?