O primeiro filme do Deus do trovão após a compra da Marvel pela Disney é também o mais honesto filme da trilogia
Thor teve uma conturbada carreira no cinema. Com um primeiro filme fraco e um segundo ainda aquém de outras produções do estúdio, o personagem era um dos menos rentáveis do estúdio, funcionando apenas em equipe. Eis que o diretor Taika Waititi (ganhador do Oscar por Jojo Rabbit) traz ao universo do Thor todo o humor e a irreverência em um clima semelhante a guardiões da galáxia, porém ainda atrelado à mitologia nórdica. No filme, Thor descobre que sua meia-irmã Hela pretende dominar Asgard, e para isso precisa encontrar Odin, dado como desaparecido desde o último filme. Na luta contra a deusa da morte, ele é jogado do outro lado da galáxia, no planeta Sakkar, onde acaba parando numa disputa de gladiadores, contra um certo gigante esmeralda. A inclusão de personagens femininas fortes é outro ponto positivo, e conhecemos Valquíria (Tessa Thompson, de Creed), uma asgardiana renegada, e claro, reencontramos Loki, que neste filme acaba tendo menos destaque do que o esperado. Apesar da grande diversidade de mundos e tramas, o diretor consegue amarrar as diversas histórias em um único final, quando todo o time reunido por Thor (Valquíria, Hulk, Loki) retorna à Asgard para enfrentar Hela cara a cara. O final, com a trilha marcante do Led Zeppelin, consegue ser épico e inesperado, terminando com um gancho Excelente para o vindouro Vingadores: Guerra Infinita. Com clima leve e ótimas cenas de ação, Thor: Ragnarok tem o mérito de ser o melhor filme do Deus do trovão, tanto é que o diretor já está confirmado para a sequência, Amor e Trovão, previsto para 2021.
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