[CRÍTICA] Resident Evil: Welcome To Raccoon City

Resident Evil é uma franquia clássica do mundo dos jogos. No ano de 2021, ela fez 25 anos de existência e eu tive a oportunidade de jogar pela primeira vez quando eu ainda era adolescente. Experimentei o primeiro jogo Resident Evil em um Sega Saturn de um amigo e os momentos com aquele jogo foram incríveis. Tenho grande respeito/admiração pela franquia.

Quando foi anunciado o filme Resident Evil Welcome to Racoon City eu fiquei interessado em assistir a esse resultado. Primeiro, vamos a sinopse:
“Outrora a casa em expansão da gigante farmacêutica Umbrella Corporation, Raccoon City é agora uma cidade agonizante do meio-oeste. O êxodo da empresa deixou a cidade em um deserto … com um grande mal fermentando abaixo da superfície. Quando esse mal é desencadeado, os habitantes da cidade são para sempre… mudados… e um pequeno grupo de sobreviventes deve trabalhar juntos para descobrir a verdade por trás da Umbrella e sobreviver à noite”.

Bem, a proposta do filme seria juntar o enredo do Resident Evil 1 e 2 em um único filme de 1h 47m. E isso demonstrou ser um problema gravíssimo. Este é um filme que é focado em quem tem relativa bagagem com os jogos e a história. Há uma tentativa de se encaixar tantas coisas em tão pouco tempo e tudo vira uma bagunça. Tem muitos personagens dos jogos (Clarie, Chris, Leon, Jill, Brad, Dr. William Birkin, Albert Wesker, Ada Wong etc) e para apresentar eles bem ou dar tempo de tela para nos importarmos, fica difícil em tão pouco tempo. E o roteiro deste filme conseguiu descaracterizar totalmente os personagens dos jogos. As atuações são muito fracas mas não porque os atores são ruins. O problema aqui é o material que você tem como base para trabalhar que tem diversos problemas.
Acontece muitas vezes aquele humorzinho com piadinhas que várias vezes é totalmente desnecessário.

Agora a parte visual é realmente o ponto alto. Os detalhes com a mansão, com a delegacia de polícia a forma de vestir dos atores e outros elementos são um apelo a nostalgia. Tem cenas clássicas dos dois jogos sendo apresentadas aqui e isso foi muito bacana de se ver. O problema é que alguns efeitos especiais são problemáticos mas cumpre o papel. Quanto a parte da sonoplastia, ela funciona bem e os sons dos monstros, tiros, batidas tudo isso é bem feito. O visual e o som do filme são bons.

A parte de entretenimento é comprometida por causa da atuação mediante o roteiro. Mesmo que a pessoa não se importe com os jogos ou nunca jogou, ainda assim isso é um problema grande. Como um amante da franquia, foi difícil acompanhar. O que fizeram com o Leon durante praticamente o filme inteiro foi um golpe duríssimo de se aguentar.

O conjunto da obra deste filme é uma tristeza porque é muito problemático. Ver as cenas clássicas dos jogos trazidas para o filme é muito bacana mas isso não consegue fazer o milagre de tornar este o filme definitivo da franquia Resident Evil.