[CRÍTICA] Homem-Formiga e Vespa: Quantumania (SEM SPOILER)

Um filme de herói divertido e que foge da grandiosidade do universo Marvel.

[Vale ressaltar, como o nome sugere, trata-se de uma crítica SEM SPOILERS, o conteúdo a seguir reflete a opinião de seu autor. Sinta-se livre para concordar, ou discordar, total ou parcialmente, o importante é que sua opinião seja expressa com respeito e educação].

Tirando o elefante da sala, vamos direto ao final, o filme possui duas cenas pós-créditos, uma no meio dos créditos e a segunda no final de tudo mesmo. Agora sim vocês estão todos aptos a assistir a mais este episódio da jornada do universo Marvel.

Quantumania é o terceiro filme da franquia do Homem-Formiga, que desde o segundo já está acompanhado pela Vespa, e neste aqui ela também possui papel de destaque, o que leva o filme ao nome de Homem-Formiga e Vespa: Quantumania. O bom é que ambos têm importância e são explorados de forma satisfatória.

O filme conta a história de Scott Lang, o Homem-Formiga, que depois dos eventos de Vingadores: Ultimato, não tem tido tanto que combater vilões, é o autor de um best seller onde conta, talvez com um pouco de hipérboles, sua participação no processo de salvar o mundo ao lado do Capitão América e os outros Vingadores, enquanto enfrenta os desafios de um pais de adolescente e marido de uma mega empresária que se empenha diariamente para fazer a diferença na vida das pessoas de todo o mundo.

A história começa de verdade quando Cassie Lang, a filha do Homem-Formiga, junto de Hope Van Dyne e Henry Pym decidem apresentar para Scott e Janet Van Dyne seu trabalho para mapear o Reino Quântico. Um feito para uma jovem, porém, que causa aflição em Janet, mas antes que ela pudesse justificar sua reação, algo acontece e todos são puxados para dentro do Reino Quântico e acabam separados.

A história é simples, não tem nada de mais, às vezes parece querer ser maior do que realmente é, e eu não sei se isso é apenas um reflexo da personalidade de Scott Lang, ou se o filme queria tentar chamar a atenção do público e não conseguiu se sustentar. Primeiro, um suspense fraco e sem graça que não se sustenta, não desperta curiosidade e só gera raiva pela falta de diálogo da personagem com sua família. Uma tentativa de subversão de expectativa que não colou.

Novos personagens foram apresentados e muitos deles carismáticos e divertidos podem agradar o público, porém, não são bem aproveitados, foram apresentados e depois sumiram, voltando só no final. O humor e alguns visuais do Reino Quântico são as melhores coisas que temos por aqui, e mesmo eu tendo assistido em IMAX 3D, não senti tanta diferença, o 3D é raso, tem pouca profundidade, assim como a história do filme, e muitas vezes os cenários são desfocados, provavelmente faltou orçamento para um CGI de boa qualidade de forma mais constante.

Se você quer tirar o maior proveito da história, entender easter-eggs e ser surpreendido positivamente, talvez seja melhor dar uma assistida em: Homem-Formiga primeiro filme, Capitão América: Guerra Civil, Homem-Formiga e Vespa, Vingadores Guerra Infinita/Ultimato e na série do Loki.

Se você busca diversão, vai encontrar bastante neste filme, ele tem um ritmo balanceado, com poucos pontos de pausa. É um dos filmes com maior quantidade de CGI da Marvel, mas com uma história rasa e que serve para fazer a ligação entre as séries e o Universo Cinematográfico da Marvel, basicamente, Homem-Formiga servido de quebra galhos para que a história prossiga, assim como já aconteceu no passado.

Temos aqui um filme mediano, conta uma jornada do herói básica, usa a fórmula Marvel, com suas piadinhas, um drama leve e efeitos visuais bacanas, mas não tem nada de extraordinário aqui. O orçamento parece ter sido bastante apertado, por isso este micro universo foi explorado em uma história bastante fechadinha, que lembra o filme “Querida Encolhi as Crianças”, a pressão de ter que mostrar que este filme faz parte do Universo Marvel me parece ser o único motivo que justifique a existência deste filme, pois explicar o Reino Quântico não parece ser uma justifica plausível, já que isso tudo se resume a praticamente duas linhas de diálogos e o resto é imaginação do público.