Um filme de (anti)-herói, comédia, ação, zoeira, e sei lá o que mais… Mas não é pra todo mundo.
[Vale ressaltar, como o nome sugere, trata-se de uma crítica, o conteúdo a seguir reflete a opinião de seu autor. Sinta-se livre para concordar, ou discordar, total ou parcialmente, o importante é que sua opinião seja expressada com respeito e educação.]
Eu não sei quanto a vocês, mas em minha infância, eu demorei um tempo a perceber que Deadpool não era o Homem-Aranha. Nunca li uma HQ do mutante zoeiro, mas assim que comecei a assistir ao filme, entendi totalmente a diferença. E agora, vamos saber se vale ou não a pena assistir.
Uma característica interessante de Deadpool é que o filme conta com um elemento cinematográfico que pode enriquecer a narrativa, ou, simplesmente, destruir o filme: A quebra da quarta parede. Se você não sabe do que se trata, tentarei resumir de forma muito simplista: É quando a ação ou interação em cena parece que se estende à plateia, algo que costuma acontecer mais frequentemente no teatro, desenhos infantis ou shows de stand up. Lógico que no cinema não tem muito como você interagir com a película, mas, você acaba percebendo, por exemplo, que a personagem sabe que aquilo se trata de um filme.
O filme conta com uma história de amor, um romance que serve para nos fazer preocupar ao menos um pouco com as personagens. Há alguns elementos de suspense, principalmente no tocante aos X-men. Aliás, Deadpool é um deles, mas não quis s juntar aos discípulos do Professor Xavier.
A brasileira Morena Baccarin faz par romântico com Deadpool, interpretado por Ryan Reynolds (o mesmo de Lanterna Verde, e do esquecível Deadpool de Wolverine: Origins). O vilão tem suas motivações egocêntricas, e seguindo o padrão Marvel, é equecível.
Os efeitos visuais não são os melhores, mas, são razoáveis, já que Deadpool foi um filme feito como experiência. Teve classificação 16 anos, apresenta algumas cenas de violência, insinuações sexuais e tensão. Tem sangue, mutilação e até humor controverso, tudo dosado, o que permite encaixar entre uma coisa e outra, algumas piadinhas, momentos leves, permitindo que o espectador saia com uma experiência menos tensa do cinema.
Deadpool é um filme de anti-herói, onde uma pessoa com superpores tenta proteger apenas àqueles com quem se importa, mais parecido com a realidade do que muitos gostariam de admitir. O humor se faz presente até nas cenas pós créditos. É um filme que não vai chegar a ser “sessão da tarde”, mas, quando estivermos cansados dos mesmos filmes de ação, ou dos filmes de heróis sempre mocinhos, como o Capitão América, vamos nos lembrar de Deadpool, e até podemos dar uma revisitada e descontrair com uma aventura um pouco diferente. É um filme que vale a pena assistir, mas não dá para fazê-lo em família, deixe as crianças assistirem conteúdos menos violentos e introduza os super-heróis de animações primeiro, até que elas tenham idade suficiente para assistir com vocês.