A DC Comics está ampliando os seus horizontes. Além dos filmes do Universo Compartilhado e novas série de TV, será lançado ainda um serviço de streaming este ano. Com tanta inovação, não podemos deixar de falar de Titãs, nova série que ganhou seu primeiro trailer na San-Diego Comic-Con, com uma pegada mais sombria comparada ao desenho animado.
[Vale ressaltar que trata-se de uma crítica COM SPOILERS. O conteúdo a seguir reflete a opinião de seu autor. Sinta-se livre para concordar, ou discordar, total ou parcialmente, o importante é que sua opinião seja expressada com respeito e educação.]
Desde o primeiro “Fuck Batman” falado por Dick Graysson (Brenton Thwaites) no trailer, a série prometia investir num lado obscuro e sombrio. De um modo geral, o resultado foi bom, mas está longe de ser perfeito.
Mesmo sendo considerada uma adaptação em live action dos Jovens Titãs, a trama é focada na história de Rachel (Teaggan Croft) e Dick (também conhecido por nós como Robin). Rachel (ou Ravena) está em conflito com seus poderes que não consegue entender, enquanto Robin abandonou sua vida em Gothan sendo o parceiro de Batman para ser detetive de um distrito policial. A primeira temporada ficou basicamente focada neles, enquanto os outros personagens do grupo (Estelar, interpretada por Anna Diop e Mutano, interpretado por Ryan Potter) não foram explorados.
Falando em personagens, alguns nomes também apareceram. Hank (Alan Ritchson) e Dawn (Minka Kelly) são apresentados logo no início, mas só ganham profundidade na reta final. Donna Troy (Conor Leslie) é pura simpatia, elegância e carismática; deixando o telespectador com vontade de ver mais cenas dela como Garota Maravilha. Até o atual Robin, Jason Todd (Curran Walters) ganha seu espaço na série. Muitos personagens bons, onde a exploração e participação deles poderiam ter sido colocados de uma ótima forma, mas no geral ficou uma grande bagunça, como se estivessem sido lançados aleatoriamente.
Outro grande defeito está na falta de ritmo. Parece que a ordem dos episódios foi escolhida num sorteio, onde a narrativa central vive sendo cortada para inserir novos personagens. O mistério de Kory (o que ela é, de onde ela veio) só é esclarecido no penúltimo capítulo. A origem de Gar é contada em apenas uma cena, enquanto o resto do “seu episódio” só serve para dar um pontapé no spin-off de Patrulha do Destino, nova série da DC Comics que será lançado no primeiro semestre de 2019.
O que era pra ser uma série ótima para os fãs dos heróis acabou tornando-se algo regular. Faltou envolvimento, faltou sintonia, faltou ritmo. O último episódio da temporada ainda foi bem fraco, sendo um episódio totalmente aleatório de toda a história da trama, como se quisessem simplesmente terminar logo.
Ficamos na torcida para que a segunda temporada esclareça muitos pontos deixados em aberto na primeira, e que volte com um enredo e um foco maior e melhor.
Assista ao trailer de Titãs, nova série da DC Comics: