Castlevania (CRÍTICA SEM SPOILER)

Em crescente de episódios e história, terceira temporada foca em tramas mais do que na ação ainda assim mantém o alto nível da animação.

A série animada de Castlevania da Netflix se consolidou como um sucesso ainda em sua primeira temporada que contava com apenas 4 episódios. Seu formato de animação, com episódios curtos de cerca de 20 minutos, e com uma violência visceral, foi fórmula de sucesso, principalmente para os fãs dos games.

Se você ainda não viu nossa crítica das primeiras temporadas, você pode conferir clicando aqui! Na primeira temporada, a história seguiu de forma bastante linear, já na segunda, a jornada já começou a pegar um formato mais de RPG, com desenvolvimento de mais de um núcleo simultâneo e a evolução de personagens escancarada. Já esta terceira temporada tem formato de série. Vários núcleos sendo explorados, personagens desenvolvidos e tramas sendo amarradas e desamarradas.

Esta terceira temporada teve uma mudança de foco que se você não for capaz de perceber, pode não gostar tanto assim. A série está consolidada, e quer expandir o universo de Castlevania, que ainda pode vir a abranger outros universos famosos do mundo dos games… Por isso, esta terceira temporada trabalha bastante no desenvolvimento de personagens, vilões, do mundo e ameaças. Talvez já pensando nisso, os produtores adicionaram um pouco mais de easter egg do que as anteriores. Além das músicas, que são de boa qualidade, há aquelas notas clássicas que nos empolgam, monstros que nos fazem vibrar quando vemos aparecer de forma inesperada, e muito mais fan service, isso ajuda ao espectador gamer a não desanimar tanto com a falta de ação no meio da temporada.

A animação continua linda, com visuais ainda belíssimos, animação de boa qualidade, uma direção de fotografia e de arte muito bem trabalhadas e conversando muitíssimo bem. A ação acaba ficando mais concentrada nos extremos, um pouco no início e outro bom tanto para os episódios finais da temporada (que saltou para 10 episódios de 20 minutos). Talvez o único ponto negativo da série, e isso pode ser algum problema da própria Netflix, é que em alguns momentos da dublagem em português/BR, o áudio sofre umas oscilações, ora ficando mais limpo, horas mais abafado, e isso é muito perceptível, mas em inglês não há este problema, embora as vozes, principalmente em momentos de conversa mais calma, parecem em tom um pouco mais baixo e isso pode causar uma leve sensação de insegurança ao compreender alguns diálogos.

A série, nesta terceira temporada deve agradar àqueles que não são fãs da franquia nos games, pelo formato que ela toma, a decisão de apresentar e desenvolver vários núcleos dá todo o ar de série de TV clássica, que vai construindo a tensão um pouquinho a cada episódio, acrescentando mistérios e suspenses, e quando começa a amarrar as pontas, temos surpresas, reviravolta, confusão, revelação, ação e tudo o que esperamos quando assistimos um filme ou série de altíssimo nível.

O futuro da série pode estar garantido (desde que a Netflix não resolva cancelar do nada, como costuma fazer), mas, assistir Castlevania é recompensador. Acabou de chegar a terceira temporada? Tudo bem, volta a assistir desde a primeira e maratone no final de semana que você vai ter uma das melhores experiências com série que você já teve atualmente.