Um roteiro criativo e muito original para os anos 80 e bom para a atualidade.
[Vale ressaltar, como o nome sugere, trata-se de uma crítica SEM SPOILERS, o conteúdo a seguir reflete a opinião de seu autor. Sinta-se livre para concordar, ou discordar, total ou parcialmente, o importante é que sua opinião seja expressa com respeito e educação].
Top Gun, conhecido aqui no Brasil como Top Gun: Ases Indomáveis é um filme de 1986, protagonizado por Tom Cruise como Pete “Maverick” e Kelly McGillis, como Charlie, que acabam formando par romântico.
O filme trata de um esquadrão de elite da marinha americana, que são pilotos capazes de feitos incríveis e destinados a missões que mais ninguém seria capaz de cumprir. São pilotos de caças da mais recente tecnologia.
Provavelmente todos vocês já devem ter assistido tanto Top Gun quanto sua continuação, Top Gun Maverick, por isso, vou poupar de detalhes da história aqui.
Primeiramente, vamos nos lembrar que este é um filme de 1986, onde a realidade era bem diferente do que temos atualmente, então, um dos recursos clássicos, presentes em quase todos os filmes era um mocinho galã que tinha sua jornada pessoal e acaba se encontrando com uma bela donzela, eles se apaixonavam, algum perigo surgia para ameaçar este romance, o mocinho superava a situação e eles acabavam juntos, encerrando o filme com um beijo. Pronto, se você nunca assistiu um filme dos anos 2000 ou anterior, agora você já sabe a história da maioria deles. Porém, Top Gun fugiu um pouco desta fórmula mágica do passado.
O filme conta com elementos clássicos do passado, mas inova ao trazer o relacionamento de companheirismo entre os pilotos da Top Gun, mostrando toda uma evolução de personagens que não era muito comum antigamente, a rivalidade, a amizade, e o espírito de trabalho em equipe é trabalhado boa parte do filme e como haviam muitos personagens, isso serviu como diferencial para este filme, o que deu um pouco mais de profundidade e amplitude à história, ainda que o retiro fosse simples e com foco em ação, ainda conseguiu trabalhar bem com emoções de personagens e tocar o público.
Os efeitos sonoros certamente se destacaram aqui, pois a todo tempo temos sons de aviões caça que passam e parecem nos pegar, colocar a bordo e nos levam a voar por aí. A montagem do filme, para os dias de hoje parece estranha e datada, com cortes e imagens gravadas em exercícios de voo que ficam evidentes não terem sido gravadas com a mesma qualidade das cenas em terra firme, mas isso são problemas modernos, que só percebemos em nossas televisões enormes e de ultra definição, há 35 anos, quando tínhamos TVs de 14 polegadas ou algumas um pouco maiores e geralmente com imagem em preto e branco, isso tudo era sublime e empolgante, algo raro de se ver e que despertava o desejo e instigava sonhos em quase todo mundo que assistisse ao filme.
O filme é grandioso, ainda que com uma história que hoje não passaria do medíocre. Top Gun: Ases Indomáveis foi um marco para a história de Tom Cruise e para a vida de muitas crianças e adolescentes dos anos 1980 e 1990. O filme era sim grande para sua época, envelheceu satisfatoriamente bem, assim como a maioria de nós que hoje estamos vagando entre os 30 e 50 anos. As atuações não eram nenhum esplendor, nem mesmo o casal principal deram um show de atuação, mas a direção e montagem do filme salvaram tudo isso e o transformou em um clássico que vale a pena ser assistido.
Review
Top Gun: Ases Indomáveis
Um clássico que até hoje tem seu valor. Top Gun: Ases Indomáveis foi grande e continua a cumprir seu papel de filme de ação até os dias de hoje. Envelheceu bem, apesar das ultras resoluções de nossas telas atuais escancararem suas marcas de tempo, porém, se conseguirmos ignorar estes fatos, veremos que o conteúdo é bom e ainda garante um bom entretenimento.
PROS
- Sonoplastia envolvente;
- Imagens aéreas que eram raras para a época;
- Montagem que envelheceu bem;
- História mais densa e com mais camadas do que o habitual para a época;
CONTRAS
- Há duas freadas bruscas no ritmo da história;
- Atualmente a história contaria com preconceitos e não seria muito politicamente correta;